quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Castelinho da rua Apa

Uma história de glamour e sangue abalou a aristocracia paulistana na noite de 12 de maio de 1937. Três membros de uma das mais abastadas e tradicionais famílias foram encontrados mortos em circunstâncias misteriosas.
O cenário do crime: o interior de um castelinho localizado na Rua Apa com a Avenida São João no centro de São Paulo. O imóvel é uma réplica de um castelo medieval, projetado e construído por arquitetos franceses no século passado.
No distante dia 12 de maio de 1937, o empresário Álvaro César dos Reis, 45 anos, supostamente assassinou a tiros sua mãe, Maria Cândida Guimarães dos Reis, 73, e também o irmão, Armando César dos Reis, 42, suicidando em seguida (estranhamente o fazendo com dois disparos). O motivo do assim chamado "Crime do Castelinho da Rua Apa", que aconteceu nesse castelo onde a velha mãe morava, até hoje não foi inteiramente esclarecido.Hoje as paredes estão caindo aos pedaços, há uma pilha de entulho no chão e pouco faz lembrar que aquilo é um pequeno castelo, a não ser a torre. O mesmo terreno abriga a ONG Clube de Mães do Brasil, que tem oficina profissionalizante de costura e de manuseio com produtos recicláveis, além de funcionar como creche.A maranhense Maria Eulina Reis Hilsenbeck é quem administra o local. Ela não gosta quando o assunto envolve as histórias assustadoras sobre o castelo, que ela não reforma por falta de dinheiro. Mas cede e admite que existe uma “energia” diferente no ar. “É uma troca de energia. Está em volta da gente e não devemos ter medo”, diz Eulina.Ela conta que teve um breve contato com a tal “energia” certa noite. “Ele (seria um garoto) estava na porta do castelinho com os braços cruzados me olhando. Perguntei o que estava fazendo ali e ele saiu”, relata a maranhense. Será que alguma coisa maléfica fez com que o bem sucedido empresário, sem qualquer motivo aparente, tomasse de uma pistola Mauser calibre 9mm e fuzilasse sem a menor piedade aqueles seus familiares mais próximos e queridos? Esta é uma resposta que provavelmente nunca teremos.

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